terça-feira, 19 de outubro de 2010

Relatório Mapa Psicogeográfico UNIPAC campus Bom Despacho.

"A psicogeografia seria uma geografia afetiva, subjetiva, que buscava cartografar as diferentes ambiências psíquicas provocadas basicamente pelas deambulações urbanas (...)."

Por se tratar de um campus universitário, existem diversos ambientes para diversas formas de interação das pessoas que os utilizam. Espaços com uma finalidade pré-estabelecida, óbvia, para estudos e aprendizados, para convivência entre alunos e professores, para visitantes, entre outros tantos usos que dependem exclusivamente da interação do homem com o espaço. Mas justamente por ser utilizado específicamente para a atividade humana, que esses espaços são por diversas vezes assimilados de maneiras distintas pelo seus usuários, não por esses espaços não serem concebidos para uma função lógica e sim por estarem sendo usados da maneira que melhor convém aos que os usam. Essas maneiras são reflexos dos gostos, costumes dos usuários, são suas memórias afetivas, subjetivas, percepções que eles sentem do espaço no momento da interação, não tendo influência do senso comum.É a quebra de paradigmas dos usos formais, dos conceitos pré-estabelecidos, do óbvio, das convenções impostas para o uso e função dos equipamentos.

É nesse contexto que feita a análise do ambiente do campus universitário, deparamos com diversos exemplos dessa interação não óbvia dos usuários com o ambiente. As formas e maneiras dessa utilização são em sua grande maioria determinada pela leitura pessoal do entorno. Destacando os locais de menor fluxo de pessoas e menor ruído sonoro que  são utilizados para uma conversa mais formal, encontro de desecontros de casais, momentos reflexivos. Equipamentos como escadas utilizadas como ponto de encontros e bate-papo.Como também espaços com uma função pré-estabelecida sendo utilizado de diversas formas não óbvias, por se tratar de um local com maior aglomeração de pessoas e funções não estabelecidas.

Realmente o que determina e nos impulsiona e preferir um local à outro são nossas relações afetivas, subjetivas, emocionais que temos do local. A forma de como esse venha a ser usado não se relaciona necessáriamente com a sua função óbvia estabelecida pela norma impostas, e sim como nós a interpretamos.

João Corgozinho. Acadêmico do 4 período do Curso de Arquitetura e Urbanismo. UNIPAC Bom Despacho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário