terça-feira, 26 de outubro de 2010

MEIO AMBIENTE CONSTRUÍDO:
pela desconstrução mínima e socialmente engajada.

José Francisco (jfran@power.ufscar.br) Prof. Adjunto do
Departamento de Engenharia Civil / Universidade Federal de São Carlos.

O Homem nada mais sabe fazer que desconstruir o espaço existente, seja ele natural,
transformado ou antrópico. Essa inexorabilidade é que lhe garante a sobrevivência. A ação
humana sobre a paisagem-espaço, a partir do avanço do conhecimento e da técnica, se mostra cada vez mais intensa a ponto de hoje não mais distinguirmos facilmente objetos artificiais dos naturais: num ecossistema antrópico eles se confundem e passamos a confiar mais nos elementos técnicos acrescidos à natureza. A natureza única, preconizada por Marx, deve nos guiar na prática da desconstrução mínima. Se tudo deve ser entendido como natureza, é no meio urbano que essa leitura se faz mais necessária, pois defrontamos com sérios problemas de habitabilidade nesse novo espaço. A desconstrução espacial urbana, como atividade eminentemente antrópica, deve ser praticada de forma a garantir sustentabilidade ambiental, e manifestada por atos simples na direção da garantia da manutenção de espaços mais “naturais”. A arquitetura e o urbanismo precisam ser entendidos a partir de práticas de desconstrução mínima, na direção de uma renaturalização espacial, para o deleite dos nossos olhos, da manutenção das paisagens e da plasticidade do lugar. Por um meio ambiente minimamente desconstrído e socialmente engajado.

Posted by Mariane Imaculada dos Reis

Nenhum comentário:

Postar um comentário