quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Comentário sobre a política habitacional de Bom Despacho

            A política habitacional de Bom Despacho, em Minas Gerais, acompanha as regras dos demais municípios brasileiros.
            A cidade encontra-se repleta de áreas especulativas: lotes e fazendas que aguardam sua valorização e melhores oportunidades de negócios. Atualmente, essas fazendas que circundam a cidade têm sido loteadas e transformadas em condomínios fechados ou chácaras.
            Quanto às Habitações de Interesse Social (HIS), elas também seguem as regras habitacionais do país. O Brasil teve uma das maiores taxas de crescimento do mundo no século XX e, com isso foram surgindo legislações como o Estatuto das Cidades e os Planos Diretores para orientar e normatizar os processos de transformação do Município nos aspectos políticos e sócio-econômicos, entre outros.
            No entanto, alguns aspectos de grande importância têm passado despercebidos às autoridades. Como os conjuntos habitacionais têm sido implantados nas áreas mais isoladas das cidades, para que a população tenha acesso à área central que detém os serviços públicos, comércio e trabalho, eles necessitam utilizar o transporte coletivo. Fator este que agrava e favorece ainda mais a segregação econômica.
Também, a forma como esses conjuntos habitacionais são implantados, torna-os espacialmente segregados porque não promovem a integração destes com os bairros vizinhos.
São pontos que deveriam estar sendo observados porque fogem à lógica da política urbana apontada nos Planos Diretores que prometem fazer uso socialmente justo e equilibrado do seu território de forma a assegurar o bem estar de seus habitantes. E porque não privilegiar, principalmente, a população de baixa renda?


Giovana P. Araújo Silva – 6°período Arquitetura e Urbanismo - UNIPAC

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