segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Arquitetura Verde

Enquanto o futuro não chega, esqueça o corre corre enfumaçado de Nova York e olhe para os jardins suspensos de um prédio que, de tão verde, foi batizado de “Visionário". Quando o sol ilumina o sul da Ilha de Manhattan, os moradores agradecem.
Painéis solares absorvem os raios e garantem 5% da energia do edifício. Os eletrodomésticos consomem pouco, as luzes se apagam sozinhas. O “Visionário” tem redução de 40% na conta de energia. O ar que circula pelos apartamentos logo é retirado do prédio por um poderoso sistema de exaustão.
"A intenção é manter o ar fresco. Você tem uma circulação constante de ar dentro e fora dos apartamentos, com uma qualidade de ar muito superior", explica o administrador do edifício Marc Klein.
Uma estação de esgoto permite o reaproveitamento de quase cem mil litros de água por dia. Assim, quando você lava as mãos, a água volta para o lugar de onde veio, é tratada e reutilizada. Por tudo isso, o edifício mereceu grau platina, o nível mais alto de certificação ambiental, de acordo com parâmetros adotados pelos Estados Unidos e outros 30 países.
Ao deitar, só resta aos moradores admirar uma belíssima fotografia do passado: uma cidade que ainda é mais cinza do que verde, mas que está sempre disposta a mudar. A mudança não precisa ser necessariamente visível a olho nu. Afinal, ninguém pretende fazer cirurgia plástica nos arranha-céus de Nova York. Os arquitetos entenderam que a grande reforma não será no corpo, mas na alma, no interior dos edifícios. Mesmo que ele seja um gigante de 102 andares, a conclusão é que dá para pintar tudo de verde.
A intenção dos donos do edifício mais alto de Nova York, o Empire State, é trazer o prédio de quase 80 anos para os padrões do século 21. A reforma - verde do Empire State vai custar US$ 20 milhões, mas deve se pagar em cinco anos, com redução de 38% no consumo de energia. Curioso é pensar que, há muito tempo, Nova York já foi uma cidade com arquitetura verde. Até que apareceu o ar-condicionado - uma invenção genial - que mudou completamente o desenho dos prédios, mas criou um problema. "Os prédios foram fechados por completo e viraram enormes blocos de vidro. Agora estamos tentando retomar princípios que foram usados pelos arquitetos por séculos e séculos, como a posição em relação ao sol ou mesmo o uso de ventilação natural. Chegamos a um ponto em que essas preocupações já fazem parte da forma como pensamos.
Portanto conclui - se que o projeto Dragonfly é muito mais que um prédio ecologicamente correto. Se o sonho dos arquitetos virarem realidade, vai mudar para sempre à história do mundo não só pela sua beleza, mas vai trazer para aos moradores da metrópole a vida rural. É um projeto ecológico urbano que vai produzir 100% da energia e fornecer alimentos e além de tudo vai resolver os problemas da poluição, gerada hoje pelos transportes. No futuro, não vai precisar falar sobre arquitetura verde. Isso será tão óbvio que vai ser apenas arquitetura. Serão produzidos quase cinco megawatts de energia. A estrutura do edifício vai reaproveitar a água da chuva e reutilizar toda a água usada no edifício. Realmente o Dragonfly é um exemplo de que beleza, progresso e meio-ambiente que podem habitar perfeitamente a mesma arquitetura.


Fonte: Reportagem do Bom dia Brasil – 1

Jaqueline Nair Oliveira Freitas – 4° Período de Arquitetura e Urbanismo.

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